Um dos termômetros da economia, venda de caminhão sobe quase 90% em MG
18/02/2019 às 11:12

De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o licenciamento de caminhões somou em janeiro sete mil unidades, elevação de 53,2% sobre as 4,6 mil unidades de janeiro do ano passado e queda de 8,5% frente as 7,6 mil de dezembro de 2018. Ao todo, 6,8 mil caminhões saíram das linhas de montagem no primeiro mês do ano, o que significa acréscimo de 1,6% sobre as 6,7 mil unidades de janeiro de 2018 e recuo de 7,7% ante as 7,4 mil de dezembro do ano passado.

Minas Gerais e Belo Horizonte seguem, segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em ritmo parecido. O Estado registrou aumento na venda de caminhões de 89,13% na comparação de janeiro de 2019 com o mesmo mês de 2018. Já na comparação de janeiro com dezembro do ano passado, o índice é de 28,33%.

Na Capital, o aumento cou em 127% na comparação entre os meses de janeiro de 2019 e 2018 e em 54% entre janeiro/19 e o mês anterior. A gerente de Relacionamento de Caminhões Novos Frotistas da Elmaz Caminhões e Ônibus, Laura Ferreira Pinto Franceschi, comemora o melhor janeiro em quatro anos.

As vendas da concessionária Volkswagen e Man, que ca no bairro Califórnia, na região Oeste da Capital, são concentradas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). “Janeiro foi excelente, praticamente dobrando o resultado em relação ao de janeiro do ano passado, e fevereiro vem mantendo o ritmo. Isso eleva nossa expectativa, pois janeiro é um  bom indicativo do que vai acontecer durante o ano”, arma Laura Franceschi.

O cenário especifíco de Minas Gerais, porém, pode se ressentir nos próximos meses impactado pelo abalo no setor de mineração após a tragédia ocorrida em Brumadinho, na RMBH, com o rompimento da barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, no último dia 25. Para o sócio-proprietário da Bemauto Caminhões – localizada no bairro Vila Oeste, também na região Oeste -, Gilmar Azevedo, esse é um momento de apreensão.

A empresa vinha experimentando um período positivo, embalado pela conança com a retomada de boa parte dos empresários e consumidores no m do ano passado. Muitos negócios prospectados ainda em dezembro foram fechados em janeiro. Fevereiro, porém, deve ter um resultado inferior em relação ao mês passado.

“Sempre trabalho com otimismo, mas depois de um bom janeiro, com crescimento de 15% no volume de vendas, fevereiro começou diferente. A nossa região é muito dependente da mineração e, em especial da Vale, e a redução das atividades que pode acontecer em várias cidades já diminuiu o ritmo dos investimentos na cadeia produtiva, impactando a venda de caminhões”, analisa Azevedo. Fonte: Diário do Comércio  -  Foto: Internet

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