Carrefour registra prejuízo de R$ 494 milhões no Brasil
25/07/2019 às 10:22

O Carrefour Brasil divulgou nesta quarta-feira (25) o relatório de resultados do segundo trimestre, com um prejuízo de R$ 494 milhões no período, revertendo o lucro de R$ 389 milhões registrados no mesmo intervalo de 2018. Esse número considera a norma contábil IFRS-16, enquanto o resultado de 2018 não foi ajustado.

Em termos ajustados, o lucro líquido do controlador subiu 11% no período, para R$ 419 milhões.

A receita líquida da companhia cresceu 12,6%, indo de R$ 13,8 bilhões para R$ 14,7 bilhões. As vendas brutas subiram 12,9% para R$ 15,3 bilhões.

Houve um crescimento de 55,4% das despesas operacionais totais, para R$ 3,05 bilhões, e este número considera a linha negativa de "outras receitas e despesas" de R$ 902 milhões no trimestre.

Trata-se de um efeito não recorrente relativo a uma provisão por conta de uma decisão judicial para créditos de ICMS sobre a Cesta Básica, conforme informado pela rede em maio.

Ao se considerar apenas as despesas com vendas, gerais e administrativas, houve alta de 9,1%, para R$ 1,9 bilhão.

Segundo a companhia, no conceito "mesmas lojas", que consideram os resultados de unidades em funcionamento há mais de 12 meses, as vendas subiram 7,7%, o melhor desempenho trimestral nos últimos três anos.

A empresa destacou que, apesar desse desempenho, o aumento da inflação de alimentos e o fraco cenário macroeconômico pressionaram a renda disponível dos clientes, resultando em um "ambiente de consumo desafiador e maior pressão sobre os volumes".

Atacadão

As vendas brutas da bandeira de atacarejo Atacadão no segundo trimestre aumentaram 15%, para R$ 10,4 bilhões.

No braço de varejo, as vendas aumentaram 9%, para R$ 4,9 bilhões (incluindo postos de combustível), com avanço de 8% no conceito "mesmas lojas". "Este foi o maior aumento trimestral dos últimos cinco anos pela companhia [...] devido aos fortes ganhos de participação de mercado", diz trecho do relatório.

O saque de R$ 500 do FGTS, a partir de setembro, deve impactar positivamente o varejo no segundo semestre, disse ontem Sébastien Durchon, diretor financeiro do Carrefour. "Há três anos, quando houve a liberação do FGTS [de contas inativas] houve aumento no consumo, principalmente de pagamento da dívida do nosso cartão. Acredito que dessa vez também haverá impacto."

Segundo ele, de abril a junho, o consumo de alimentos registrou queda, mas desde o fim do mês passado vem ocorrendo uma melhora.

Novamente, o desempenho do Atacadão foi melhor que o das lojas do varejo do Carrefour. A empresa vem criando ações comerciais no segmento. "Em abril, fizemos uma ação de aniversário do Atacadão e as vendas foram 35% superiores em relação ao mesmo evento de 2018", disse ele. (Fonte: Valor Econômico)

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