As 26 redes de farmácias afiliadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) movimentaram R$ 44,41 bilhões em 2017, um aumento de 8,96% sobre 2016. O resultado continua bem acima da média do varejo brasileiro – cuja alta foi de 1,5 Embora representem 9,2% do total de 76 mil farmácias no País, as redes associadas à entidade concentram mais de 41% do faturamento do setor.
Para Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma, o constante investimento em logística, distribuição e abertura de novas lojas é o principal responsável pela expansão do grande varejo. “A capilaridade e o maior poder de negociação com a indústria permitem comercializar produtos a preços mais competitivos. Além disso, deve-se considerar as estratégias para reter os clientes, como programas de fidelidade, e-commerce e sistemas de TI para mapear hábitos de consumo”, acrescenta.
Entre janeiro e dezembro de 2017, os remédios, especialmente os de prescrição médica, mantiveram-se como principais responsáveis pelo resultado. O comércio de medicamentos totalizou R$ 30,23 bilhões, um aumento de 9,34% em relação aos doze meses anteriores. Já a venda dos não medicamentos (itens de higiene, cosméticos, perfumaria e conveniência) contabilizou R$ 14,17 bilhões - um acréscimo de 7%. Mais de 2,3 bilhões de unidades de produtos foram comercializados no período.
“Essa categoria de produtos é um termômetro claro da desaceleração no índice de crescimento, mas a recuperação da economia e a retomada do consumo das famílias marcará novamente uma alta na demanda por itens de bem-estar e conveniência, contribuindo para aumentar a participação das associadas com avanços de dois dígitos”, explica Barreto. O segmento de genéricos movimentou R$ 5,25 bilhões, com alta de 6,42% sobre 2016. Ao todo, foram vendidas mais de 322 milhões de unidades.
No período de um ano, o número de lojas aumentou 7,05%, passando de 6.763 para 7.240 unidades. Já o número de contratações subiu 3,24%, passando de 119.631 para 123.303 funcionários e colaboradores. Quase 22 mil deles são farmacêuticos.